Qual o jeito certo de pisar ao correr?
Você já pensou sobre como a maneira de pisar influencia sua corrida? Neste post, vamos discutir os tipos de aterrissagem – retro-pé, médio-pé e ante-pé – e sua relação com o impacto. Entenda como isso pode causar dores e afetar seu desempenho, especialmente para iniciantes. Focaremos na importância de uma corrida mais suave e silenciosa, que pode transformar sua experiência. Venha descobrir como ajustar sua técnica para uma jornada mais prazerosa na corrida!
Renatinha Nicolao
9/16/20242 min read


Qual o jeito certo de pisar ao correr?
Aposto que todo corredor, pelo menos uma vez, já teve essa dúvida!
Quando falamos na forma de pisar ao correr, estamos falando no tipo de aterrissagem do nosso pé ao solo.
Pensando nisso, não existe certo ou errado. Existe forma mais eficiente, com menos impacto e forma menos eficiente com mais impacto.
Retro-pé, médio-pé e ante-pé. São os termos técnicos de tocar o pé no solo com o calcanhar, com o meio do pé e com a parte da frente do pé, respectivamente.
As três formas servem, porém não necessariamente é isso vai definir se sua corrida está com muito ou pouco impacto.
O que está mais próximo de determinar uma corrida com muito ou pouco impacto - não existe uma corrida sem impacto - é o quão longe ou quão perto do Centro de Massa / Centro de Gravidade / linha do corpo nosso pé toca ao solo. É física. Quanto maior a distância entre esses dois pontos (isso se chama overstriding), exatamente no momento em que o pé toca ao solo pela primeira vez, maior a força. Maior o impacto.
Mas por quê o impacto é tão importante na corrida?
O impacto é uma das grandes causas das dores e lesões nas principais articulações usadas na corrida. Além disso, ao correr com alto impacto, o gasto de energia aumenta fazendo com que o corredor não consiga realizar o movimento cíclico da corrida de forma eficiente.
É comum observarmos corredores profissionais ou bons corredores amadores aterrissando com o médio-pé ou com o ante-pé. Isso se dá porque ao tentar correr com baixo impacto, naturalmente nosso pé começa a tocar o solo de forma mais chapada, sem bater o calcanhar com tudo no chão. Mas isso é a consequência de todo o processo.
Por conta disso, intuitivamente, muitos corredores, principalmente os iniciantes, entendem que é o jeito certo de pisar/aterrissar e acabam gastando energia desnecessária na tentativa de copiar o movimento.
Na maioria das vezes, não funciona. Tentar ajustar a forma como o pé entra no solo sem entender o por quê disso e o movimento como um todo, pode gerar dores indesejadas principalmente na panturrilha e tornozelos, já que a alteração não se torna automática de imediato, o que num primeiro momento, pode frustrar principalmente o corredor iniciante.
Portanto, se você quer correr melhor, com menos dores e de forma mais confortável para o seu corpo, tente esquecer inicialmente a forma como o seu pé aterrissa no solo.
Pense em tentar correr com menos impacto para que as consequências negativas que ele traz, sejam minimizadas. Você pode sim aterrissar com qualquer uma das 3 formas, desde que o impacto não seja excessivo.
Como fazer isso?
Existem várias formas e fatores a serem analisados individualmente, pois cada pessoa tem a sua limitação, compensação postural, lesão, etc. Mas fica aqui a minha primeira dica!
Observe o barulho que você faz ao correr! Se você é aquele corredor que quando está na esteira, a academia inteira escuta a sua passada, ou se você sente o corpo tremer tamanha a força que o seu pé emprega no chão, pode ser que a sua corrida seja de alto impacto. Tente correr de forma silenciosa, sem que o som dos seus pés no solo tomem conta do momento.
Corra de forma leve e suave e perceba já as primeiras consequências positivas na sua corrida!! Depois me conta!
